O Papa Francisco, de 88 anos, passou a noite sem intercorrências e segue descansando, conforme comunicado oficial do Vaticano neste Sábado (01) de Março. No entanto, seu estado de saúde permanece crítico devido a uma pneumonia bilateral que levou à sua internação. Embora recuperado de um quadro concomitante de insuficiência renal leve, as preocupações sobre sua recuperação continuam.
Nos últimos dois anos, o pontífice tem enfrentado pneumonias de repetição, o que agrava ainda mais seu quadro clínico. Sua predisposição a problemas respiratórios remonta à juventude, quando provavelmente foi acometido por tuberculose e submetido a um tratamento para pleurisia.
O Estado de Saúde do Papa Francisco
O boletim médico divulgado pelo Vaticano informa que o Papa Francisco segue sob observação, recebendo oxigênio por cânulas nasais para auxiliar na respiração. Ele permanece em repouso, e sua evolução está sendo acompanhada de perto pela equipe médica.
Desde que assumiu o papado em 2013, Francisco tem enfrentado diversas questões de saúde. Nos últimos dois anos, as pneumonias recorrentes indicam uma fragilidade pulmonar que pode estar associada às sequelas de sua pleurisia na juventude.
Tuberculose e Pleurisia: O Impacto na Saúde do Papa
Na juventude, o Papa Francisco provavelmente teve tuberculose, o que exigiu um longo tratamento e resultou na pleurisia, uma inflamação da pleura, a membrana que reveste os pulmões e a cavidade torácica. A pleura é composta por duas camadas:
- Pleura visceral: Reveste os pulmões.
- Pleura parietal: Está aderida à parede interna do tórax.
Pleurisia é uma inflamação da pleura – a membrana que reveste os pulmões, que há 50 anos era tratado com os antibióticos disponíveis à época, drenagem do líquido pleural e colapsoterapia que era a retirada parcial do pulmão e ou pleurodese que é um procedimento médico utilizado para evitar o acúmulo excessivo de líquido ou ar no espaço pleural (entre as camadas da pleura, que reveste os pulmões). Esse procedimento é frequentemente indicado para pacientes que apresentam derrame pleural recorrente ou pneumotórax de repetição.
A tuberculose foi uma das principais causas de pleurisia no passado, e indivíduos que passaram por essa condição podem desenvolver sequelas pulmonares, tornando-os mais suscetíveis a infecções respiratórias, como as pneumonias de repetição que Francisco vem enfrentando.
Insuficiência Renal: Um Risco Adicional
Além da pneumonia bilateral, o Papa também foi diagnosticado com insuficiência renal leve. Essa condição ocorre quando os rins perdem parte de sua capacidade de filtrar o sangue e remover resíduos do organismo.
A insuficiência renal pode progredir para quadros mais graves, e em pacientes idosos, a combinação de infecção pulmonar e função renal comprometida pode aumentar o risco de complicações sistêmicas, como a falência de múltiplos órgãos.
Possíveis Agravantes e Risco de Falência Múltipla de Órgãos
Os principais fatores que tornam o quadro do Papa mais delicado incluem:
- Idade avançada: O envelhecimento reduz a capacidade dos órgãos de se recuperarem de infecções e inflamações.
- Pneumonias recorrentes: A fragilidade pulmonar, somada ao histórico de pleurisia e possível tuberculose, compromete sua resistência a infecções respiratórias.
- Insuficiência renal: A condição renal pode evoluir negativamente caso não seja controlada adequadamente.
A falência múltipla de órgãos ocorre quando dois ou mais órgãos deixam de funcionar de maneira adequada, levando o organismo como um todos, a um colapso. Os primeiros órgãos geralmente afetados são os pulmões, o coração e os rins, e a falência de um pode desencadear um efeito em cascata, comprometendo a sobrevivência do paciente.
O Que Esperar Agora?
O estado de saúde do Papa Francisco é delicado e requer cuidados médicos intensivos. Sua recuperação dependerá de como seu organismo responderá ao tratamento e do controle das infecções e da função renal.
Ao longo da internação, vimos recebendo notícias de agravamentos e melhoras do estado de saúde do Papa. Certamente, os recursos modernos da ciência e da medicina favorecem a esta visão otimista na sua recuperação.
Além disso, desde o anúncio pelo Vaticano, da internação do Pontífice, formou-se uma corrente de vigílias e orações em intenção do restabelecimento da saúde do Papa Francisco. Embora muitos céticos possam afirmar que tais comportamentos e crenças não tragam contribuições, já existem muitos estudos científicos que comprovem essa eficácia.
Conclusão
Diante da gravidade da situação, a comunidade católica, fiéis e cristãos ao redor do mundo seguem em oração pelo Papa Francisco. Apesar dos desafios, sua fé e os avanços da medicina continuam sendo aliados essenciais em sua luta pela recuperação. Afinal, para Deus, nada é impossível.